Pressa em publicar

Max Moreno • mar. 16, 2023

A companhia de todo escritor


Por: Valéria Martins


Não adianta: ela acomete todos os escritores. Por mais que digamos: “não tenha pressa de publicar”, dá um siricutico, um desejo louco de expor suas ideias brilhantes, testar o gosto do público e lá vai. Até os escritores mais famosos. É comum dizerem em entrevistas: “meu primeiro livro, eu não o considero, eu era muito inexperiente”. 

Eu mesma queria lançar um livro de contos em 2016. Cheguei a entregar os originais à editora, assinar contrato. Uma amiga brasileira que vive na França, e estava de passagem pelo Brasil, pediu para ler. “Mas Valéria, isso aqui não está bom. Você não quer fazer um livro bom?” A opinião caiu como uma pedra na minha cabeça.

Eu a odiei na hora, mas depois entrei em contato com a editora e cancelei a publicação. Fui fazer oficina literária. Fui aluna do professor Ivan Cavalcanti Proença durante três anos ao longo dos quais poli meu texto e produzi novos contos que foram lidos, revisados e criticados pelo mestre. Esses contos integram agora “O lugar das palavras” (Ed. 7Letras, 2023). 

Sete anos se passaram. Muito tempo? Sim. Meu livro melhorou? Sim. Pois como disse o escritor português valter hugo mãe – Prêmio José Saramago 2007 e Prêmio Portugal Telecom 2012 – em entrevista ao Jornal Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná:

“Literatura e pressa não combinam. Tudo com livros é demorado”. 

De fato. A gente demora a escrever. Depois demora a encontrar editora. A editora, ao contratar o livro, tem dois anos para publicá-lo. Se não o faz, o original volta para o escritor, sem prejuízo para as partes. O processo de edição de um livro pode durar uns seis meses. A gráfica demora entre 15 e 20 dias. O cadastro dos livros nas livrarias demora em torno de um mês. O público também demora a tomar conhecimento da existência do livro – é preciso divulgar bastante. Vender livros é um desafio: é demorado o processo de furar a bolha dos amigos, parentes, colegas de trabalho. Por fim, uma vez comprado, o livro pode ficar em uma pilha e demorar muito para ser lido. 

Por isso, escritores, lembrem-se: cuidado com a pressa para publicar. Ela é danosa. Ela não ajuda a carreira, só atrapalha. 

Fonte: Oasys Cultural


Onde adquirir “O lugar das palavras”: site da editora 7 Letras

Ou direto com a autora para receber autografado – 21 99804-9184 (whatsapp)


Por Max Moreno 14 jun., 2023
O escritor Max Moreno foi eleito para ocupar a cadeira 24 da Academia Mourãoense de Letras (AML). Ele obteve 58,8% dos votos, de um total de 34 possíveis. Essa eleição entrou para a história da entidade como a de maior participação dos imortais e também por ser a primeira realizada de forma digital. Max Moreno é um escritor de ficção cujas obras apresentam tramas envolvendo mistério, suspense e ficção psicológica. Nascido no Paraná em agosto de 1968, ele cresceu no Guarujá, São Paulo, onde teve seu primeiro contato com os livros. Sua estreia na literatura aconteceu em 2014, com o romance “A Outra Sombra”. Em 2015, teve seu primeiro livro traduzido e publicado pela America Star Books. Em 2016, publicou o conto “Vinte Pratas” e participou da coletânea “Big Buka”, em homenagem ao escritor Charles Bukowski. Em 2019, seu poema “Rastejante” fez parte da IV Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea “Além da Terra, Além do Céu” (Chiado Books). Seu segundo livro, intitulado “As Paredes Eram Brancas”, foi publicado em 2020. Em 2021, seu poema “Contrário” foi incluído na edição brasileira da coletânea “Liberdade – Antologia da Poesia Livre – Vol II”, pelo Grupo Editorial Atlântico (Portugal). A Academia Mourãoense de Letras (AML), fundada em 2002, tem como objetivo principal o cultivo da língua e da literatura nacional. Atualmente, a instituição conta com 40 membros fixos. Sempre que ocorre uma renúncia ou falecimento de um membro, é aberto um processo seletivo para a eleição de um novo integrante. Os demais membros participam desse processo de votação, e aquele que obtiver a maioria dos votos conquista a vaga na Academia Mourãoense de Letras. Fonte: CRN1 (Redação)
Por Max Moreno 12 abr., 2023
Algumas frases do livro de Max Moreno
Por Max Moreno 03 mar., 2023
Romance policial de escritor paranaense é um desafio ao leitor
Por Max Moreno 22 fev., 2023
O paranaense, autor do suspense psicológico "A Outra Sombra" (2014) e do Thriller "As paredes eram brancas" (2020), fala sobre leitores que só leem “livros da moda”.
Por Max Moreno 16 fev., 2023
Escritores independentes buscam espaço no cenário editorial brasileiro
Por Max Moreno 13 out., 2022
Olá, pessoal. Primeiramente quero agradecer a todos pelo carinho que vocês têm demonstrado pelo meu trabalho. Recebo com bastante frequência nas redes sociais, comentários inspiradores sobre meus livros e frases que compartilho diariamente. A todos, o meu MUITO OBRIGADO! Ah, e aproveito para lembrar que devo terminar a escrita do meu novo livro até dezembro deste ano (2022). Espero que logo ele possa estar em suas mão ;) Para os que gostam de frases, separei dois links com praticamente todas elas (algumas filosóficas, outras nem tanto). Fique à vontade para compartilhá-las em seu site, blog ou perfil, caso queira. Um grande abraço ;) Aqui frases no grupo: Aqui frases no grupo: FILOSOFIA – POESIA - VERDADES . Aqui frases no MEU PERFIL NO FACEBOOK .
Por Max Moreno 25 jul., 2022
Um alerta a todos que utilizam fotos em sites, blogs e redes sociais
Por Max Moreno 12 jul., 2022
Dia desses, fiquei surpreso com o contato (via rede social) de uma leitora do Rio de Janeiro que me pediu autorização para utilizar algumas de minhas frases em um clube de leitura no seu colégio. A ideia, segundo ela, é fazer cartazes (placas) com frases motivadoras as quais tenho postado diariamente nas redes. Confira AQUI . Agradeço pelo contato dessa leitora e pelo carinho que os leitores de todo o Brasil, especialmente os do Rio de Janeiro, têm dedicado às minhas obras. Max Moreno
Por Max Moreno 22 jun., 2022
Tem resenha nova de "As Paredes Eram Brancas" ;)
Por Max Moreno 04 mar., 2022
Mais de mil escritores assinaram uma carta organizada pela PEN International, condenando a invasão da Ucrânia por tropas russas. A organização de escritores anunciou também que está sendo criado um evento de arrecadação de fundos para apoiar a comunidade criativa na Ucrânia. O dinheiro será usado para ajudar escritores, acadêmicos, jornalistas e artistas, dentro e fora do país atacado pela Rússia. Segundo o porta-voz da PEN, “a cultura é um dos principais bastiões da liberdade ucraniana e devemos garantir que os membros da comunidade cultural do país possam continuar a falar em voz alta e sem impedimentos”. Entres os autores que assinaram a carta estão Salman Rushdie, Margaret Atwood (foto), Paul Auster, Jonathan Frazen, Joyce Carol Oates, Svetlana Alexievich, Orhan Pamuk e Colm Toibin. A seguir, a íntegra da carta. “Aos nossos amigos e colegas na Ucrânia, Nós, escritores de todo o mundo, estamos horrorizados com a violência desencadeada pelas forças russas contra a Ucrânia e pedimos urgentemente o fim do derramamento de sangue. Estamos unidos na condenação de uma guerra sem sentido, travada pela recusa do presidente Putin em aceitar os direitos do povo ucraniano de debater sua futura lealdade e história sem a interferência de Moscou. Estamos unidos em apoio a escritores, jornalistas, artistas e todo o povo da Ucrânia, que está vivendo seus momentos mais sombrios. Estamos ao seu lado e sentimos sua dor. Todos os indivíduos têm direto à paz, à liberdade de expressão e à livre reunião. A guerra de Putin é um ataque à democracia e à liberdade, não apenas na Ucrânia, mas em todo o mundo. Estamos unidos no clamor pela paz e pelo fim da propaganda que está alimentando a violência. Não pode haver Europa livre e segura sem uma Ucrânia livre e independente. A paz deve prevalecer.” Fonte: PublishNews
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