Introdução
Estamos vivendo a era da transição planetária! Todo tipo de terapia, conhecimento, cursos de desenvolvimento pessoal para todos os gostos, ao alcance das mãos. O mundo mudou! E vai continuar mudando.
A pandemia veio para apressar a nossa evolução, que sempre se faz através do caos, do chacoalhão que nos tira do lugar. E agora veio de modo coletivo e mundial.
“Não querem crescer, humanos? Vão continuar desrespeitando esse lindo planeta? Então ‘bora’ sair da zona de conforto, só um pouquinho”.
A natureza e a vida sempre encontram seus caminhos. Já dizia Lavoisier, “Na natureza nada se perde, tudo se cria, tudo se transforma”.
Empresas de valor!
Vivemos a era da tecnologia e também das Startups.
Você entende o que é uma Startup e porque esse tipo de empresa faz sucesso? São pessoas que criam um novo modelo de negócios com recursos próprios e que estão sempre baseadas em inovação, como os aplicativos Uber e Easy, que além da inovação, trouxeram comodidade e preço baixo ao consumidor final, transformando o transporte individual em coletivo e em meio de sustento, que permitiu trabalho e renda a inúmeros desempregados. Agrega valor ao mundo. Se antes habitávamos numa sociedade com empresas que somente visavam o lucro, hoje as Startups vem com um novo conceito de “Vamos melhorar o mundo! E vamos fazer isso rapidamente”.
Uma Startup costuma agregar valores como inovação, ideias novas e sustentabilidade.
Com tudo isso, faço questão de compartilhar uma experiência que estou vivendo há pouco mais de uma semana.
Tecnologia de reconhecimento facial (Facebook)
Sabemos que o Facebook usa uma tecnologia chamada de reconhecimento facial, para ajudar a marcar seus usuários em fotos e vídeos, certo? Esta excelente tecnologia é usada por vários países para procurar pessoas e até animais desaparecidos, além de buscar terroristas, criminosos e proteger a sociedade de pessoas más, correto? Nem sempre! Depende de quem usa a tecnologia.
Alerta para todos que tem um site!
Duas empresas e seus representantes em diferentes países estão usando esta tecnologia para “supostamente” proteger os direitos autorais de fotógrafos mundo afora.
Evolução? Sim e não! Com isso, um tipo de indústria surgiu no mundo inteiro, que alguns estão nomeando como algo do tipo “Indústria da indenização de imagens”.
Se parece um pouco com a experiência brasileira com a Indústria das multas. No início do uso dos radares, ficou evidente que o governo ganhou em cima das multas. É claro que multa e limite de velocidade é algo correto, mas houve um certo abuso, quando se alteravam os limites de velocidade num determinado local e lá instalavam radares, sem qualquer informação aos motoristas. Para evitar o abuso, foi criada a lei que exige a sinalização das áreas e informação aos motoristas sobre os limites e áreas com Fiscalização.
Agora no Brasil!
Na suposta “Indústria da indenização de imagens”, o internauta não é informado do que pode vir a acontecer. São muitas pessoas, sem conhecimento, sendo abordadas de forma intimidadora em vários países. E agora começando no Brasil.
Que fique claro que sou a favor dos Direitos Autorais. O que se trata aqui é de um possível abuso de uma Lei, por parte de uns, do que deveria ser em favor da arte. O que ultrapassa o limite do bom senso e prejudica pessoas comuns e desavisadas em vários países e agora no Brasil.
Pesquisa no Google!
Após uma breve pesquisa no Google, pude constatar os nomes de duas empresas bastante citadas neste sentido, especialmente nos Estados Unidos, Inglaterra, Escócia e França, de reputação bastante questionada em diversos sites.
Fui abordada de forma intimidadora por uma das empresas, que afirma proteger os direitos autorais de fotógrafos.
Até aí, tudo bem, uma vez que sou escritora e meus artigos são republicados em vários sites e revistas, com devida descrição.
Porém, não fui contatada em nenhum momento antes, me solicitando para tirar a imagem do ar. Ou seja, não há consideração e bom senso sobre a forma como a imagem está sendo utilizada (Blog Literário) e ganhos com o uso da imagem (nenhum!). O bom senso do uso justo não parece existir!
Questões para se pensar!
Pautada numa lei ainda maleável no Brasil, este tipo de empresa parece se sentir no direito de cobrar altas indenizações de pessoas como eu, com um Blog literário, sem fins lucrativos, não comercial, com poucos seguidores e baixo índice de visualizações.
Me questiono sobre a ética e o bom senso em se cobrar indenizações que ultrapassam em muito o valor original de uma imagem, de alguém que não ganhou nada com a imagem e nem foi alertado sobre o fato de a mesma estar protegida por direitos autorais.
Ressalto que são essas empresas que determinam o valor da indenização.
Lei frágil
Ainda que a lei, neste momento permita uma cobrança de indenização, fica duvidosa a intenção por trás desse tipo de “negócio”, que não parece visar a simples proteção do trabalho de fotógrafos, mas o que já nomeiam como algo mais do tipo “chutando cachorro morto”.
O uso dessa tecnologia está sendo usado por alguns representantes via Home Office, para abordar cidadãos comuns e sem notoriedade, de forma que coage e cria temor. Se paga e ninguém se dá ao trabalho de ao menos argumentar a questão diante de um juiz.
Esta empresa não é de advogados e nem possui os direitos autorais dos devidos fotógrafos, são representantes. Seu trabalho é buscar as fotos virtualmente, gerar provas e começar uma sequência de e-mails que atuam com fundo psicológico.
Nos Estados Unidos um advogado está sendo processado pelo número exorbitante de processos como este, evidenciando o abuso do uso da Lei de proteção de direitos autorais por empresas deste tipo.
Veja AQUI.
Scam!!! (Golpe)
Eu nunca li tanto essa palavra em inglês ao pesquisar o histórico no Google com referências a essas empresas, mundialmente conhecidas, por atuar intimidando pessoas virtualmente até que elas paguem valores exorbitantes, na tentativa de evitar um processo e as custas de um processo judicial.
Avanço tecnológico? Muito!
Avanço de consciência? Não de todos, infelizmente.
Sou adepta de me tornar cliente fiel de pessoas e empresas que fazem a diferença no mundo. Daqueles que tem propósito definido e que não pensam mais de forma individualista. Estamos todos cansados, não? É tão bom aquela pessoa e empresa em quem podemos confiar de olhos fechados. Pena que não representa a maioria.
Quantas pandemias serão necessárias para transformar o ser humano como um todo? Não sei, mas considerando essa experiência, me parece que uma não será o suficiente.
Quais poderiam ser as soluções de proteção real aos direitos autorais?
Please Google, give us a little help!
A minha frustração ao cair nessa situação é o nível de injustiça que ela envolve. Se os fotógrafos e as empresas querem mesmo proteger seus direitos autorais, porque não solicitam um avanço na tecnologia como um aviso expresso do Google ao usuário, quando ele fizer um Download de uma imagem protegida?
Algumas empresas, que vendem suas imagens colocam uma espécie de marca sobre as fotos, ou as deixam com qualidade de marca d’água, para que todos saibam que elas estão à venda. E assim também coíbem o seu uso. Porque as demais não fazem o mesmo, por exemplo? Não sou expert, mas acredito que devem haver outras formas mais justas de resolver o problema.
Veja o artigo na íntegra
AQUI.
Fonte:
Carolina Vilanova (site da escritora).
Max Moreno
© 2023 por Max Moreno